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Montessori em casa: a importância da continuidade

Montessori

 

Com a suspensão das aulas, a rotina também se altera, e nesse momento, é importante que as famílias sigam dando continuidade ao cotidiano montessoriano da melhor forma possível. Além das aulas à distância e dos materiais de aprendizado que estamos disponibilizando, é necessário que a filosofia contida no Método Montessori esteja presente no dia a dia das crianças, minimizando assim o impacto do afastamento da escola em suas curvas de aprendizagem. Entretanto, não basta que digamos às famílias que isso é algo necessário. Também é preciso orientar os familiares no sentido da adoção de práticas diárias que vão de encontro a uma perspectiva montessoriana. 

 

O texto a seguir tem como objetivo auxiliar nossa comunidade escolar a manter estas práticas no cotidiano, o que não apenas beneficia as crianças, mas também a todos os membros da família. Como sabemos, pode ser difícil lidar com crianças em tempo integral, conciliando o cuidado com elas ao trabalho e às tarefas domésticas. Montessori propõe um método no qual a criança, longe de ser alguém imprevisível e altamente dependente, pode ser um membro autônomo - dentro dos limites de suas capacidades - e colaborativo, qualquer que seja o ambiente em que estejam. 

 

Nosso texto será dividido em quatro tópicos principais. O primeiro deles, presente nesta publicação, trata de sugestões e diretrizes para a incorporação eficiente dos princípios montessorianos em casa. Os demais são referentes a cada  uma das faixas etárias que atendemos em nosso colégio, desde o primeiros anos da Educação Infantil até as séries mais avançadas do ensino fundamental. Siga lendo e confira dicas valiosas para uma rotina doméstica o mais próxima possível do ideal montessoriano:

 

Incorporando principios montessorianos em casa:

 

Implementar os princípios de Montessori em casa começa com uma mudança de mentalidade. Sabemos que muitas famílias de nossa comunidade escolar já adotam estes princípios, ao menos em parte, e temos a certeza de que todas elas - uma vez que escolheram nossa metodologia para a educação de seus filhos - compreende que as crianças - mesmo as menores - são capazes de mais do que geralmente se imagina. Uma vez que isso seja reconhecido, o primeiro passo para as mudanças necessárias está dado, e a família está apta para começar com algumas mudanças no ambiente doméstico, de forma gradual e focada. 

 

1. Organize o ambiente

 

De acordo com a filosofia montessoriana, é preciso que tudo tenha seu lugar e que todos saibam quais são seus papéis no ambiente. Assim, o primeiro passo para uma rotina montessoriana no lar é a organização. Quando todas as coisas têm seu lugar correto, as crianças percebem rapidamente que as coisas obedecem a uma ordem pré estabelecida. A organização é uma ferramenta essencial para ensiná-las a serem responsáveis pelos seus pertences e a limparem as a eventual “bagunça” causada por suas atividades diárias. Em termos de organização do ambiente, a mudança mais significativa diz respeito à acessibilidade: é preciso que as crianças sejam capazes de organizar o entorno, e portanto, este deve ser acessível a elas. Para fazer isso, recomendamos que as famílias:

 

  • Guardem a roupa em gavetas ou cestos baixos

  • Coloquem bancos no banheiro para que as crianças possam lavar as mãos e na cozinha para que consigam ajudar na preparação das refeições

  • Disponham brinquedos, jogos e artigos de arte em prateleiras baixas onde seus filhos possam alcançar facilmente

  • Separem brinquedos em vários cestos e caixas para que fiquem separados e sejam fáceis de encontrar

  • Guardem alimentos destinados à criança nas partes mais baixas da geladeira e dos armários

  • Mantenham as bebidas em pequenos jarros acessíveis para as crianças (também é importante disponibilizar panos absorventes e esponjas, para o caso de fazerem alguma sujeira - e é claro que elas farão em algum momento) 

  • Façam um “rodízio” de brinquedos e livros, com base nos interesses da criança, mantendo uma pequena quantidade deles disponível de cada vez, encorajando a exploração e a criatividade.

 

2. Enfatize as Habilidades da Vida Prática

 

Ensinando a realizar as tarefas cotidianas, as famílias preparam seus filhos para se tornarem  adultos atenciosos e capazes. A mente absorvente da criança é capaz de aprender rapidamente, e logo ela se torna um membro colaborativo no lar. Lembre-se de propor tarefas que correspondam à idade e capacidades infantis: crianças mais novas são perfeitamente capazes de aprender a regar plantas, alimentar animais de estimação, limpar a mesa depois de uma refeição e pegar nos seus brinquedos. As crianças mais velhas podem incorporar tarefas mais complexas na sua rotina, como retirar o lixo, preparar as refeições e fazer a manutenção básica da casa. Uma outra tarefa, muito gratificante para os mais velhos, e que gera neles um grande senso de importância e utilidade é a de ensinar as crianças mais novas. No caso de famílias com mais de um filho, incentivar que os mais novos aprendam com os mais velhos é fundamental.

 

3. Ensine Concentração

 

É verdade que as crianças não conseguem se concentrar em algo durante o mesmo período de tempo que os adultos. Mas, de acordo Montessori, a concentração é uma habilidade que pode ser cultivada desde a mais tenra infância. As famílias podem incentivar a concentração infantil identificando os interesses das crianças e estimulando-os, fornecendo os materiais e o espaço de que  precisam para explorar mais profundamente aquilo que gostam. Mas atenção, pois o melhor ambiente de aprendizagem nem sempre é aquele que acreditamos ser. Muitas vezes assumimos, erroneamente, que dar espaço para as crianças significa destacar área isolada para elas, longe do resto da família. Isto não é verdade. Ao menos não em todos os casos. Enquanto algumas crianças precisam de mais solidão do que outras, também há as que aprendem melhor estando próximas do restante da família. É importante descobrir como o seu filho funciona melhor e depois encorajar isso. Algumas crianças gostam de trabalhar na mesa da cozinha, no meio da casa. Outras preferem seu quarto ou um canto tranquilo.


 

4. Foco na Motivação Interior, Não nas Recompensas

 

O Método Montessori não aprova as recompensas por comportamento, tais como brinquedos ou doces. Os elogios verbais são valorizados, embora seja importante ter a certeza de que são dados com moderação. A chave é que a família deve ensinar seus filhos a buscar os sentimentos de prazer e orgulho que vêm com o aprendizado de algo novo ou a conclusão de uma tarefa. O caminho para atingir uma descoberta ou aprendizado deve ser tão valorizado quanto o objetivo final, e a recompensa deve ser o próprio ato de aprender, que gera auto realização. Embora pareça difícil agir dessa forma, para as crianças este é meio natural de aprender. O reflexo de recompensa pode funcionar bem para os animais de estimação, mas definitivamente, para as crianças, seres racionais como todos os humanos, o prazer de descobrir percorrer o caminho que leva à descoberta é mais que suficiente para estimular cada vez mais o desejo de aprender.

 

Agora que já sabemos em detalhes como incorporar os princípios de uma rotina montessoriana no lar, é hora de conhecer as particularidades da implementação da Filosofia Montessori em cada uma das três faixas etárias com as quais trabalhamos, e também como fazer para que a rotina de aprendizado siga o mais próxima possível daquela aplicada pelos profissionais capacitados a aplicar o Método. Estes serão os assuntos abordados em nosso próximo post. Até lá!



 

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