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Volta às aulas e outras quebras de rotina: minimizando impactos

Montessori

Como sabemos e não nos cansamos de repetir, crianças são seres sensíveis à ordem, e isso inclui a rotina, da qual dependem para identificar seu lugar no mundo e estabelecer relações fundamentais com as pessoas e o ambiente que as cerca. Por isso, quebras de rotina, ou mudanças no cotidiano, devem ser sempre encaradas com cuidado, atenção e carinho pelas famílias. Entre estes momentos, estão as férias escolares e a volta às aulas que se apresenta como um momento de grande expectativa, capaz de gerar alguma ansiedade e que deve ser tratado com delicadeza pelos familiares. 

É natural que as crianças estejam ansiosas para voltar ao ambiente escolar, assim como é perfeitamente possível que algumas delas se acostumem tanto à rotina de férias que se sintam angustiadas ao saber que vão deixá-la. No primeiro caso, a falta que sentem dos professores e colegas faz com que tenham pressa em retornar à escola. No segundo, o apego à rotina familiar pode refletir um desejo comum a quase todas as crianças: mais tempo com a família e mais atenção, coisas que nem sempre são abundantes durante os períodos letivos. 

A volta às aulas também tem um grande impacto em nós, adultos, que de uma forma ou de outra vemos o retorno de uma grande responsabilidade, e temos parte do tempo que passamos com nossos filhos diminuída, pela própria dinâmica do retorno das férias. Porém, algumas ações podem ser colocadas em prática mesmo diante do ritmo acelerado do cotidiano pós férias. 

Assim, estabelecer rotinas simples e objetivas, que levem em conta a totalidade do universo infantil, é a melhor maneira de vivenciar uma transição tranquila entre as férias escolares e a volta às aulas. Abaixo dez dicas para um cotidiano capaz de  minimizar os impactos da volta às aulas (e os do início das férias):

1. Seja participativo. Frequente a escola de seus filhos, vá às reuniões, esteja presente nas palestras e workshops, procure conhecer professores e funcionários da escola. Isso gera laços de amizade que estabelecem confiança mútua, através das quais temos acesso ao conteúdo que está sendo apresentado para as crianças e à forma como este é demonstrado. Conhecendo bem a metodologia, sua aplicação e quem a está aplicando, nos sentimos mais seguros para dar continuidade ao esforço pedagógico em nossos lares.

2. Demonstre interesse. Esteja não só a par daquilo que seu filho está aprendendo, mas desenvolva interesse genuíno por estes aprendizados. Converse sempre que possível sobre atividades realizadas, estimule a criança a contar sobre seu dia na escola, troque experiências com ela contando sobre como era o seu dia a dia na idade dela, o que fazia na escola, quais as diferenças e semelhanças entre o passado e o presente. Assim, agindo com interesse e dando atenção, você demonstra seu carinho, e não há nada mais estimulante que isso para a criança. 

3. Estabeleça paralelos e analogias. Use situações cotidianas relacionando-as com o que é aprendido na escola, esteja atento a comunicados, tarefas e rotinas. Ajude sempre na organização do material, estimule a criança a desenvolver o zelo para com seus pertences e uniforme, sempre estimulando ao utilizar exemplos extraídos da rotina familiar. 

4. Crianças passam a maior parte de seu tempo na escola. Por isso, pais que desejam participar ativamente da vida de seus filhos devem conhecer a fundo o calendário de atividades escolar, os professores e toda a equipe responsável. Visite a escola com frequência, e não só quando existe algum problema. Nossas portas estão sempre abertas, e nosso maior desejo é que todos se sintam parte de uma comunidade, que vejam a escola como uma extensão do lar. E vice versa.

5. Respeite horários, regras de vestuário e outras responsabilidades que escola exige de seus alunos. Agindo assim, você estará dando o exemplo e ensinando o valor das regras e compromissos, o que é fundamental para uma educação libertadora que seja, ao mesmo tempo, capaz de ensinar a respeitar limites. 

6. Mantenha uma rotina e preze por ela. Dormir, acordar, comer, estudar, se divertir… tudo tem sua hora. Fazer com que a criança saiba disso desde cedo Isso fará com que ela tenha mais concentração. Além disso, estabelecer horários adequados para o sono e os estudos impulsiona o desenvolvimento cognitivo. E mais ainda, quando estabelecemos uma rotina ouvindo as crianças, respeitando suas opiniões e explicando racionalmente a necessidade de cada ação, estamos ajudando a formar o senso crítico e ensinando o valor da participação democrática, assim como o da igualdade. 

7. Estimule a aprendizagem, mesmo fora da escola. Para os maiores, incentivar o hábito da leitura e manter aceso o desejo de descobrir coisas novas é importantíssimo, tanto quanto contar histórias aos mais novos e estimulá-los com materiais adequados. e incentive o hábito de leitura. Converse, dialogue, passeie, brinque… sempre tendo em mente o que é mais adequado a cada faixa etária.

8. Mantenha boas relações com as outras famílias que compõem a comunidade escolar. Seja amigo não apenas de seu filho, mas dos amigos de seu filho e dos familiares deles. Sempre que possível, reúna-se com outras famílias em passeios e outras atividades culturais, estabelecendo laços de cooperação e companheirismo.

9. Compreenda a escola como mediadora de conflitos e instância para solucionar problemas relacionados aos alunos. Se você perceber qualquer mudança no comportamento de seus filhos, procure a escola. O diálogo com profissionais capacitados é sempre a melhor opção, seja qual for o caso.

10. Mantenha hábitos alimentares saudáveis, que sejam condizentes com uma educação alimentar adequada. Se a escola estimula a alimentação regrada e salutar, não devemos fazer das férias um momento no qual “vale tudo” na hora de comer. Doces, industrializados e ultraprocessados devem ser, sempre, uma exceção na dieta.

Sentiu falta de dicas específicas para o momento de volta às aulas? Pois é: nada do que fazemos para educar as crianças tem efeito instantâneo. Uma volta às aulas tranquila, assim como qualquer mudança de rotina, exige dedicação constante para ser bem assimilada. Assim, a lição que fica para nós, adultos, é a de que a educação é um esforço constante. Não existem milagres, claro, mas podemos, sim, fazer maravilhas por nossos filhos, desde que nossa atenção e dedicação sejam constantes.

 

 

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